quarta-feira

Excelência



O segredo de viver uma vida envolvida em excelência é apenas uma questão de abrigar pensamentos envolvidos em excelência. Na verdade é uma questão de programar nossa mente com o tipo de informações que nos libertarão. Vai levar um tempo, e o processo poderá ser doloroso – mas, que metamorfose! Muitos constatam isto e não se surpreendem: as ações que vão saindo de dentro de nós são exatamente nossos pensamentos que foram entrando. Em outras palavras, nós nos tornamos aquilo que pensamos. Muito tempo antes desse conceito popular adentrar a psicologia, a Bíblia já o incluía num de seus antigos rolos; ela o declarava de maneira ligeiramente diferente: “Pois como imaginou em sua alma, assim é” (Pv. 23:7)

quinta-feira

Morte e ressurreição



Para entender como a morte e ressurreição de Jesus são essenciais ao cristianismo, leia o capítulo 15 de 1 Coríntios. Ali o apóstolo Paulo resume o evangelho da seguinte forma: "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras... foi sepultado... e foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras".

Primeiro, o evangelho ou "boas novas" está em conformidade com as Escrituras, neste caso aquilo que hoje chamamos de Antigo Testamento que os judeus já conheciam. Segundo, a morte e ressurreição de Jesus são inseparáveis. Não há como você crer numa sem crer na outra.
Isto traz duas implicações importantes: uma é que não há outra forma de você se livrar de seus pecados a não ser pelo sangue de Cristo. Qualquer esforço seu, como caridade, sofrimento ou rezas, não podem salvá-lo, a menos que você duvide do que a Bíblia diz. E o que ela diz?

Em 1 Timóteo diz que "Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores", e ele deixou isso muito claro quando afirmou: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; NINGUÉM vem ao Pai, senão por mim". Todos os caminhos podem levar a Roma, mas só um leva ao Pai: JESUS. Só ele morreu como substituto do pecador; só ele levou sobre si os nossos pecados, e só ele ressuscitou para nossa justificação. Ou você acha que ele mentiu ao afirmar ser o único caminho que leva ao Pai?

Em Atos 4 diz que "em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos". Em 1 Timóteo diz "que há um só Deus, e um só Mediador [ou Intermediário] entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem", portanto nem Maria nem outros santos poderão servir de intermediários entre você e Deus.

Mas muita atenção aqui: é Cristo Jesus HOMEM o único mediador entre você e Deus. Não se trata de um ser angelical ou etéreo, mas de um Jesus que agora está no céu, glorificado em seu corpo humano de carne e ossos. A dificuldade que alguns têm de aceitar isto é por terem sido criados achando que a matéria é intrinsecamente ruim. Mas essa ideia foi emprestada da filosofia grega e também das religiões orientais, e depois divulgada pelos monges e ascetas.
Porém não havia monges entre os primeiros cristãos. Essa prática surgiu 300 anos mais tarde e criou a falsa ideia de que uma pessoa santa, isto é, separada para Deus, deveria viver longe de tudo e de todos. Escrevendo de Roma, Paulo termina sua carta aos crentes em Filipos com a frase: "Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César".
César, o imperador, tinha parentes cristãos vivendo no palácio em Roma? Sim. Onde mais estariam? Numa caverna no alto de uma montanha?

terça-feira

Solidão Pós-Moderna

Rubem Amorese


O Século XXI é mutante. Isso não chega a ser novidade, se pensarmos que o homem sempre esteve, digamos, evoluindo. A ciência e a tecnologia estão aí, dando saltos imensos, em frentes que vão da microbiologia e seus transgênicos à busca do deslindamento da história do universo, através das lentes de poderosos telescópios.

Somos mutantes, no entanto, no sentido de que nossa humanidade se perde nessas mudanças. Elas são em número e velocidade acima de nossa capacidade de absorção. Alienação passa a ser um antiácido a ser ingerido juntamente com a salada de frutas de informação que temos que deglutir todo dia.

Nossa desumanização começa, por exemplo, quando abrimos mão da casa paterna para tentar a vida em uma outra cidade ou país — e nunca mais voltamos. Nossos pais ficam sem netos e nossos filhos sem avós e tios. E nossa história, nossos valores, ideais, referenciais e heróis; nosso patrimônio simbólico, enfim, se perde na distância.

Longe da família e da igreja de origem, buscamos formar uma nova família. Uma família plasmada na correria da vida, na superficialidade, na sensualidade e na urgência oriunda de uma crescente carência afetiva. Tentamos reter na memória a nossa velha humanidade, mas já não nos sentimos à vontade abrindo o coração, falando do mundo interior, de sonhos, de ideais, de projetos de vida que, eventualmente, possam ser vividos a dois. "Ficamos" até onde for possível.

No ambiente de trabalho, as relações são cordiais o suficiente para esconder a luta encarniçada estabelecida pela competição: somente os mais adaptados sobrevivem. Os encontros, festas, almoços e jantares de negócio são o que resta dos laços cálidos e duradouros dos companheiros da infância.

Para sobreviver nesse ambiente hostil e exigente, pai e mãe precisam trabalhar. Para serem alguém, algo mais que simples "mão-de-obra", precisam de toda a energia disponível para tocar uma carreira de sucesso. Precisam vencer na vida. E essa vitória não comporta filhos. Pelo menos não do jeito antigo: filhos para serem amados em um convívio extenso e intenso. Agora eles são "curtidos" nos finais de semana em que não estejamos viajando a serviço. Durante a semana, terão uma boa educação numa creche ou numa escola de tempo integral. Desmamados cedo, eles aprendem a ser independentes.

Quando o divórcio vem (a carreira pode exigir), eles passam a viver ora com o pai, ora com a mãe — e com seus meio-irmãos, oriundos do novo casamento do pai e da mãe.


Não tenhamos pena desses nossos filhos. Eles se adaptarão. Sobreviverão e serão parecidos conosco. Não, serão melhores. Serão mais fortes e resistentes às distâncias, indiferenças e separações. Serão adaptados a um mundo onde não se olha para dentro, para a alma; aprenderão a ligar a televisão para não ouvir o silêncio; aprenderão a se ligar às pessoas sem chegar perto; aprenerão a confiar desconfiando e a não esperar misericórdia; aprenderão a fazer amor sem amar; aprenderão a viver no Século XXI. São mutantes.

Alguns deles, um dia, numa praça, numa esquina, numa igreja, ouvirão dizer que "Cristo salva". E pensarão: "oras, não estou morrendo!". Outros, no entanto, compreenderão que nEle lhes é possível uma nova e antiga humanidade — a humanidade original, na qual o colo do pai, da mãe, de tios e avós lhes é restaurado no mistério da igreja; no milagre da regeneração de seu próprio interior. Salvação. Nossos filhos mutantes, perdidos e órfãos ouvirão: "assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus" (Ef 2, 19) — e crerão.

A Força do Amor

Aos nossos mais implacáveis adversários, diremos: “Corresponderemos à vossa capacidade de nos fazer sofrer com a nossa capacidade de suportar o sofrimento. Iremos ao encontro da vossa força física com a nossa força do espírito. Fazei-nos o que quiserdes e continuaremos a amar-vos. O que não podemos, em boa consciência, é acatar as vossas leis injustas, pois tal como temos obrigação moral de cooperar com o bem, também temos a de não cooperar com o mal. Podeis prender-nos e amar-vos-emos ainda. Assaltais as nossas casas e ameaçais os nossos filhos, e continuaremos a amar-vos. Enviais os vossos embuçados perpetradores da violência para espancar a nossa comunidade quando chega a meia-noite, e, quase mortos, amar-vos-emos ainda. Tendes, porém, a certeza de que acabareis por ser vencidos pela nossa capacidade de sofrimento. E quando um dia alcançarmos a vitória, ela não será só para nós; tanto apelaremos para a vossa consciência e para o vosso coração que vos conquistaremos também, e a nossa vitória será dupla vitória”. O amor é a força mais perdurável do mundo. Este poder criador, tão belamente exemplificado na vida de nosso Senhor Jesus Cristo, é o instrumento mais poderoso e eficaz para a paz e a segurança da humanidade. Diz-se que Napoleão Bonaparte, o grande gênio militar, recordando a sua anterior época e conquistas, teria observado: “Tanto Alexandre como César, Carlos Magno ou eu próprio, criamos grandes impérios. Mas onde se apoiaram eles? Unicamente na força. Jesus, há séculos, iniciou a construção de um império fundado no amor, e vemos hoje ainda milhões de pessoas que morrem por Ele”. Ninguém pode duvidar da veracidade dessas palavras. Os grandes chefes militares do passado desapareceram, os seus impérios ruíram e desfizeram-se em cinza; mas o império de Jesus, edificado solidamente e majestosamente nos alicerces do amor, continua a progredir. Começou por um punhado de homens dedicados que, inspirados pelo Senhor, conseguiram abalar as muralhas do Império Romano e levar o Evangelho ao mundo todo. Hoje, o reino de Cristo na terra compreende mais de um bilhão de pessoas e reúne todas as nações ou tribos. Ouvimos hoje de novo a promessa de vitória:


Jesus há de reinar enquanto o sol fizer sua viagem cada dia;

o seu Reino irá de costa a costa até que a lua deixe de mudar.

A que outro coro, alegremente, responde:

Não há em Cristo Leste ou Oeste, n’Ele não há Norte nem há Sul, mas a grande unidade do Amor por toda a vasta terra inteira.

Jesus tem sempre razão. Os esqueletos das nações que o não quiseram ouvir enchem a História. Que neste século vinte, nós possamos escutar e seguir as suas palavras antes que seja tarde demais. Possamos nós também compreender que nunca seremos verdadeiros filhos do nosso Pai do céu sem que amemos os nossos inimigos e oremos por aqueles que nos perseguem.
Martin Luther King Jr.

O verdadeiro significado da Páscoa


É sempre a mesma coisa. Milhares e milhares de toneladas de chocolate. Sábado, à tarde, aquela correria. Compra-se até ovos amassados. O Brasil, o maior país católico do mundo, e um dos países onde o cristianismo mais cresce, ano após ano, bate o recorde no consumo de ovos de páscoa. Qual o verdadeiro significado da Páscoa? Será que nossas crianças sabem o verdadeiro significado? Será que nós sabemos o que significa a Páscoa?
O Professor Irlan de Alvarenga diz em um estudo que apenas duas entre dez crianças sabem o verdadeiro significado da páscoa. Propagandas em Rádio e Tv. ensinam nossas crianças a cantar: “Coelhinho da páscoa...” e, pasmem, coelho nem ovo bota. Isso, considerando que o Brasil é um dos maiores países cristãos do mundo, é um verdadeiro absurdo. Uma discrepância. o­nde temos errado?
Nada contra o chocolate, à exceção de diabéticos, todos nós consumimos uns chocolates, colombas, e não somos hipócritas a ponto de negarmos isso. Quem não gosta de um chocolate? Mas é preciso lembrar que a verdade maravilhosa da páscoa anda escondida, oculta, por outdoors, cartazes.Talvez aí uma atuação maligna para diminuir em importância um evento tão importante.
Jesus é a nossa Páscoa. O termo “páscoa” deriva da palavra hebraica “pesah”, que significa passar por cima – no sentido de relevar, pular além da marca ou passar sobre. A celebração da páscoa aponta para mudança de comportamento.
Os Judeus passaram a celebrar a páscoa em comemoração à saída do Egito, a passagem para a liberdade. A partir de Jesus Cristo, essa celebração foi substituída pela Ceia do Senhor, com o pão e o vinho, em Sua memória. Não mais para relembrarmos a saída do Egito (estado), mas para sempre nos lembrarmos da saída do egito do pecado, e da liberdade que há na sua morte e ressurreição.
1Coríntios 11:23-30: “Porque recebi do Senhor o que também vos entreguei: porque o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.
Assim, temos que a Santa Ceia do Senhor é a Verdadeira Celebração da Páscoa. Os judeus comemoravam em lembrança à saída do Egito. Do estado de escravidão. Lembravam que outrora eram escravos. Recordavam-se do dia em que mataram o novilho, comeram pães ázimos, presenciaram a dor dos egípcios, e, finalmente, foram libertos rumo à terra prometida. O sacrifício foi associado ao livramento. Sim, eles tinham o que lembrar, comemorar! E nós, temos o que lembrar? Temos o que comemorar?
Mais do que simplesmente lembrar, a Celebração da Santa Ceia do Senhor, há que nos fazer refletir. Não podemos nos esquecer que saímos do Egito do pecado. De uma vida sem perspectiva, sem alento. Nascemos escravos e morreríamos escravos, e isso somente não aconteceu em face da morte vicária de Jesus Cristo na Cruz do Calvário. É preciso refletir.
1Coríntios 11:26: “Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha”.
Anunciar a Morte. É nossa responsabilidade, além de lembrar de o­nde saímos, resgatar a outros. Páscoa sem serviço, não é páscoa. Evangelho é serviço. Fomos salvos para que? Para Servir, para anunciar. Se o Filho do Homem veio para servir, porque eu não sirvo? Eu preciso servir.
1Coríntios 11:28-30: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.
A mudança de comportamento é algo pessoal, à partir de um exame individual. É um exame particular; intrínseco; de consciência. Examinar-se é como provar metais pelo fogo. É descobrir nossas volições, nossas motivações. Participar da ceia do Senhor, sem um auto-exame é participar indignamente.
1Coríntios 5:7: “Expurgai o fermento velho, para que sejais nova massa, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado”.
O Auto-Exame visa EXPURGAR o fermento velho. Paulo chama aqui atenção à necessidade de aperfeiçoamento. Paulo critica a aquiescência com a situação. Acomodação espiritual. Basta um pouco de fermento para levedar toda a massa (Gálatas 5:9). Não podemos confundir graça com malemolência. Não podemos deixar confrontar nossa vida com a vida de Cristo. Nosso modelo é ele, e apenas ele. O grande mau dos coríntios é que eles achavam que havia pouca ou nenhuma coisa errada com eles.
Fermento velho, costumes antigos. Ouço dizer que...”Aceitei a Jesus e não precisei mudar em nada minha vida...”. Tal afirmação não encontra respaldo na bíblia. Todos que se encontraram com Jesus tiveram suas vidas mudadas, modificadas.
Por isso é preciso discernimento. Eu faço parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Essa refeição, esse ato de comer o pão e beber o vinho, está reafirmando essa condição de minha parte para com o mundo. Eu participo. Tenho responsabilidade. Quero cumprir a missão que Deus preparou para mim. Desejo estar no centro da vontade de Deus.
Examine-se a si mesmo! A Santa Ceia é muito mais que o pão e o vinho. A Santa Ceia é um compromisso. Não coma indignamente! Não se satisfaça com o que você é hoje!
Faça por amor! Assim como o marido procura satisfazer as necessidades e gostos da esposa, devemos procurar satisfazer as expectativas de Deus para conosco.
É preciso resgatar os verdadeiros significados da Páscoa e da Santa Ceia do Senhor. Vamos nos abster, porém, do modelo centrado nos rituais, legalismos e formas exteriores.
Marcos 14:14: "Segui-o e dizei ao dono da casa onde ele entrar que o Mestre pergunta: Onde é o meu aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?
É como se Jesus perguntasse: “Onde está o aposento? o­nde está o lugar no teu coração para que Eu tenha comunhão com você? o­nde?”. Deus através de Jesus Cristo quer ter intimidade conosco. Ali naquela sala, somente estavam os homens escolhidos por Jesus.
Existe um lugar em seu coração para ele?
Você ainda não confessou a Jesus como Senhor?
Você quer nesta data participar de sua morte e de sua vida?

Fonte: http://www.adorando.com.br/

quinta-feira

Os girassóis e nós

Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura.

Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.
A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez que mudar a direção do Regente.
Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.
Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de voltar-me para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É Nele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo, o que Nele já está realizado.
Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.
Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.
O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não colocarmos a direção dos nossos olhos.
Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol, o que na verdade não passa de luz artificial.
Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.
A vida é o lugar da Revelação divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir nas realidades humanas algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.
Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.
Sejamos como os girassóis...
Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.
Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.
Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.
Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.

quarta-feira

terça-feira

A paz que excede o entendimento


Eu fiquei um pouco intrigado na primeira vez que visitei a Romênia. Eu descobri que as pessoas eram umas das mais hospitaleiras do mundo. Mas, havia um costume entre os cristãos que, realmente, despertou minha curiosidade. Eles se cumprimentavam com a palavra "pace". Ela é pronunciada "pach-ey" e, simplesmente, significa ‘paz'. O motivo deste cumprimento me intrigou, porque quando eu viajei pela primeira vez para aquele país, não havia nenhum sinal de paz externa, especialmente em relação aos cristãos.
Os cristãos eram caçados, perseguidos, perdiam seus empregos e, geralmente, eram colocados nas prisões. Sendo assim, por que esses cristãos cumprimentavam-se com a palavra "paz"? A comunidade não-cristã não se cumprimentava dessa forma. O que fazia com esses refugos da comunidade dissessem "paz" quando viam uns aos outros? Não fazia sentido.
Contudo, depois de eu passar a conhecer muitos desses queridos irmãos e irmãs, eu comecei a compreender. Eles eram inimigos do regime comunista, mas amigos de Deus. Eles tinham um caminhar íntimo com o Senhor que produzia o que o apóstolo Paulo dizia ser a paz que excede todo entendimento. Não faz sentido nenhum ter paz em meio à lutas e dificuldades extremas. Mas, é nisso que Deus se especializa. Ele tem uma maneira de fazer sentido quando nada faz sentido.
Paz é um efeito colateral da vida cristã vitoriosa. É um fruto do Espírito Santo produzido no crente que rendeu-se totalmente a Jesus e confia Nele. O Antigo Testamento fala de paz de uma maneira muito mais generalizada e exterior do que o Novo Testamento. Geralmente, tinha siginificado físico. Contudo, a ênfase de paz no Novo Testamento estava diretamente relacionada com a parte mais interna de nossas vidas e do nosso relacionamento com Deus.
Nós temos paz com Deus por causa do que Jesus fez na cruz. Paulo escreveu: "Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm. 5:1). Eu cessei a guerra com Deus quando coloquei minha fé em Cristo. Eu nunca me esquecerei daquela noite. Eu sai da igreja, onde orei para receber Cristo, com paz no coração. Foi como se uma tonelada tivesse saído dos meus ombros. Eu estava em paz com o Deus que me criou.
Uma coisa maravilhosa sobre a vida cristã é que nós também podemos conhecer a paz de Deus. Nós podemos estar em paz com Deus e, também, experimentar a paz de Deus. O cristão não está isento das lutas e dificuldades da vida. Mas, ele pode ser isento da turbulência no coração que acompanha essas tribulações. É por isso que Paulo escreveu: "Não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus" (Fp. 4:6, 7).
Não, não faz sentido ter paz no meio da tragédia e dor. É impossível compreender porquê passamos pelos problemas que enfrentamos. Mas, a vida cristã vitoriosa é aquela que produz paz no meio da dor; alegria em tempos de sofrimento; e amor quando há ódio. Somente o Cristo que habita em nós pode produzir tal vida. Ele é capaz porque Ele é o Príncipe da Paz.
PAZ - Uma palavra com muitos significados diferentes no Antigo e Novo Testamento.
O significado do Antigo Testamento de paz era plenitude, integridade física, bem estar da pessoa como um todo. Esta paz era considerada dada por Deus, obtida por obediência à Lei (Sl. 119:165). A paz, algumas vezes, tinha um significado físico, sugerindo segurança (Sl. 4:8), contentamento (Is. 26:3), prosperidade (Sl. 122:6-7) e ausência de guerra (I Sm. 7:14). O cumprimento tradicional judeu, shalom, era um desejo de paz.
No Novo Testamento, paz geralmente refere-se à tranquilidade interior e compostura do cristão cuja confiança está em Deus, através de Cristo. Esta compreensão foi originalmente expressada nos escritos do Antigo Testamento sobre a vinda do Messias (Is. 9:6-7). A paz que Jesus Cristo falou era uma combinação de esperança, confiança e quietude da mente e coração, geradas pela reconciliação com Deus. Tal paz foi proclamada pelos anjos no nascimento de Cristo (Lc. 2:14) e pelo próprio Cristo, em Seu Sermão da Montanha (Mt. 5:9) e durante Seu ministério. Ele, também, ensinou este tipo de paz na Ceia do Senhor, pouco antes da Sua morte (Jo. 14:27).
O apóstolo Paulo, mais tarde, escreveu que tal paz e benção espiritual eram um resultado direto da fé em Cristo (Rom. 5:1)
(Fonte: Nelson's Illustrated Bible Dictionary) (Copyright (C) 1986, Thomas Nelson Publishers)
Rm. 5:1: "Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo".
Fl. 4:6: "Não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus".
Fl. 4:7: "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus".

domingo

Tocastes-me




Tarde vos amei,
Ó beleza tão antiga e tão nova,
Tarde vos amei!
Eis que habitáveis dentro de mim,
E eu, lá fora, a procurar-Vos!
Disforme, lança-me sobre estas formosuras que criastes.
Estáveis comigo, e eu não estava convosco!
Retinha-me longe de Vós,
aquilo que não existiria se não existisse em Vós.
Porém, chamastes-me,
com uma voz tão forte,
que rompestes a minha surdez!
Brilhastes, cintilastes,
e logo afugentastes a minha cegueira!
Exalastes perfume:
respirei-o, a plenos pulmões, suspirando por Vós.
Saboreei-Vos
e, agora, tenho fome e sede de Vós.
Tocastes-me
e ardi, no desejo de Vossa paz!
Só na grandeza de Vossa misericórdia,
coloco toda a minha esperança.
Dai-me o que me ordenais,
e ordenai-me o que quiserdes"
(Santo Agostinho)

A procura

A procura do amor de sua vida

Pr Marcos Botelho

Todos nós procuramos o grande amor de nossas vidas, uma busca que começa na adolescência e só acaba sabe Deus quando. Está intrínseco no ser humano: “Não é bom que esteja só”. Foi essa declaração que Deus deu para Adão e parece que se repete na grande maioria da raça humana.

“Segredos” é uma das músicas que mais gosto do Roberto Frejat. O que mais gosto na letra é que ela reflete claramente o grande erro que a gente comete na busca desse amor.

Demoramos a entender que o amor é uma estrada de mão dupla e que só colhe quem planta. “Procuro um amor que seja bom pra mim” é o pensamento de colher o que não se plantou, e quem não planta nada, só colhe vento.

Como é triste ver jovens novos frustrados nessa área.Estão tão insatisfeitos porque só pensam em si mesmo, no seu prazer, pois no amor só encontraram o vento porque não semearam nada. Este é um princípio bíblico (Gl.6:9), um princípio da vida, é um princípio do namoro e do casamento.

Mas você pode perguntar: Como se semeia o amor? Que semente é esta? Está no verso anterior (Gl.6:2), servindo ao próximo e amando a Cristo.

Se entendermos que para sermos felizes devemos primeiro fazer o outro feliz, então estaremos semeando a mais poderosa semente. Encontraremos pessoas ao nosso redor felizes e elas farão de tudo para nos ver felizes também. E aí então abrirá espaço para a árvore do amor.

Quem sabe “numa fila de cinema, numa esquina ou numa mesa de bar” você vai encontrá-la(o). E o que é mais bonito é que as feridas dessa vida ela(e) não fará você esquecer e sim vai ajudar a cicatrizá-las, pois este amor é diferente de todos que você já encontrou. Os seus segredos serão respeitados, não apenas porque você a(o) trata bem, mas porque ela(e) te ama.

Foi assim com o mestre. Cristo semeou e nos amou, e isso brota em nós uma vontade de amá-lo e servi-lo. Da mesma forma que ele nos amou, devemos amar o próximo (Jo.13:34), e principalmente, a pessoa com a qual queremos viver o resto de nossas vidas.

Que nós jovens possamos cantar: procuro um amor que eu possa completá-la(o) e que assim eu seja completo(a).

A Bela e a Fera se separaram!



Temo afirmar que a maioria dos namoros acaba não porque um dos namorados se decepciona com o outro, mas sim porque um dos dois se decepciona com suas próprias expectativas. Vou tentar explicar melhor.

Temos que entender que um namoro começa antes mesmo de você conhecer a pessoa que você vai namorar, o namoro começa na sua cabeça. O seu futuro namoro começa agora, nas suas expectativas!

O que a maioria dos adolescentes ou jovens fazem enquanto não encontram seu namorado(a)? Eles ficam imaginando como eles(as) devem ser. E é aí que mora o perigo! Começa o namoro e, possivelmente, também começa o vírus que vai destruí-lo no futuro.

Dependendo de nossa expectativa, algo que era bom pode parecer ruim e uma coisa ruim pode até se tornar boa. Tudo depende da nossa expectativa.

Lembro-me de uma vez que chegou uma oferta de mil reais para um projeto do JV. Minha mãe, ao abrir o envelope, correu para falar com meu pai, jogou o envelope no colo dele e falou brincando: Bem! Chegou uma oferta de dez mil reais para o seu novo projeto. Meu pai nem conferiu o cheque, pulou de alegria, agradeceu a Deus e saiu para contar para os outros missionários a bênção que tinha acontecido. Depois de algumas horas, ao sentarmos à mesa para comer, meu pai comentou o que ia fazer com os dez mil reais e minha mãe corrigiu falando: Não amor, é mil reais, você não viu que eu estava brincando? Você não olhou o cheque? O rosto do meu pai mudou na hora, vocês precisavam ver a cara de decepção e raiva que ele estava naquele momento.

Ganhar mil reais de oferta sempre foi motivo de muita alegria aqui em casa, mas por causa da brincadeira de mau gosto da minha mãe, aqueles mil reais pareciam não valer nada.

Pois é assim também com o namoro, dependendo da expectativa que você tenha, o seu parceiro depois de algum tempo de namoro, mesmo valendo muito, pode parecer que não vale nada.

Os contos de fadas narram histórias que alimentam expectativas falsas, como a da princesa que encontra um sapo e depois de beijá-lo ele vira um príncipe, ou a história mais famosa, da Bela e a Fera que narra a história de uma princesa, que fica presa num castelo de uma fera horrível, mas que, com o tempo ele se torna um príncipe maravilhoso.

A expectativa do homem é diferente da expectativa da mulher. A mulher, já no começo do namoro, acredita que um dia o homem que ela gosta vai mudar, assim como o sapo/fera muda para príncipe e, na realidade o que acontece é que ELES NÃO MUDAM.

E os homens pensam que elas nunca vão mudar, sempre vão ser aquelas princesinhas que não mudam nos contos de fadas, mas o fato é que ELAS MUDAM.

É por isso que repito a frase que comecei este artigo: a maioria dos namoros acaba não porque um dos namorados se decepciona com o outro, mas sim porque um dos dois se decepciona com suas próprias expectativas.

Cuidado! Às vezes você está com um tesouro caro nas suas mãos, mas porque você “acha” que existe um tesouro maior no fim do arco-íris, você desvaloriza o que está com você!



Pr Marcos Botelho

http://marcosbotelhodojv.blogspot.com

Você está preparado para o casamento?


Nestes últimos dias só tenho respondido a mesma pergunta repetidas vezes: Você está preparado para o casamento?
Lógico que respondo: estou! Mesmo sabendo que é muito mais que palavras, é algo que acontece bem antes da cerimônia de casamento.
O que é estar preparado para o casamento?
É ter certeza de que gosta da pessoa com quem está casando? Isso é muito importante, mas não, não significa que alguém está pronto para casar porque gosta da pessoa.
É ter dinheiro para casar e sustentar o cônjuge? Também é importante, mas está longe de significar estar pronto para casar.
É estar maduro, olhar que já experimentou quase tudo na vida e chegar a conclusão de que está na hora de firmar um relacionamento? Também não.
É quando todos olham para vocês dois e falam que vocês formam um ótimo casal? Acredito que isso é uma dica, mas que não significa estar pronto para casar.
O que é estar pronto para casar então?
Um bom tempo atrás, conversando com um amigo que tinha passado por uma separação, descobri algo muito importante que está nas entrelinhas do amor e que é a base para saber se você está pronto para casar.
Pois descobri, antes mesmo de casar, com companheiros casados, que chegarão dias na vida de casado onde nem você e nem a pessoa estão atraentes, onde o sexo não está mais tão gostoso e que dura alguns minutos, alguns dias um vai estar tão chato a ponto de ser insuportável e que você vai olhar e pensar: a pessoa que eu casei não é esta?
São fases que não duram para sempre, mas que muitos casais não conseguem passar por ela. É um vale onde o amor é colocado em cheque e quase nunca chega em dois ou três anos de namoro. Vem depois que já está casado, onde se perdeu a novidade, onde o pior do outro se encontra.
O que vai manter os dois casados é a mesma coisa que solidificou o amor para a decisão de se casar: O compromisso.
Isso mesmo, você sabe que está pronto para casar quando você toma um compromisso com Deus, com o cônjuge e principalmente com você mesmo. É uma decisão de estar do lado desta pessoa para amá-la, pois foi firmado em um compromisso sagrado.
Esta é uma decisão, pelo menos no meu caso, que se toma sozinho em seu quarto. É uma consciência de entrega, de hombridade, uma decisão de vida selada por Deus na sua alma.
Nos dias bons, esta decisão nem precisará ser lembrada, serão dias de alegria, descoberta, de prazer e júbilo. Mas nos vales escuros, quando nada der certo, a angústia assolar a alma, o inimigo jogar na cara as varias coisas que você fez em “vão” para seu cônjuge, quando você pensar que o amor se esfriou ou não existe mais, você vai encontrar na raiz desta árvore murcha o compromisso selado por Deus.
E na solidão da sua alma, vai respirar fundo, se humilhar e continuar caminhando clamando: Senhor abrevia este vale sombrio, pois sei que vai passar e vou ter prazer e jubilo de novo!
Sabemos quando estamos prontos para casar, quando o amor solidificado em um compromisso interno de ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-a e respeitando-a até que a morte nos separe.
http://marcosbotelhodojv.blogspot.com/

Amor Verdadeiro


Dificilmente alguém que ignore a natureza das pedras dará algum valor para uma uma pepita de diamantes. Ela está coberta de rochas feias e acinzentadas, parecendo uma ostra e não uma pedra preciosa. Mas o trabalho do lapidador experiente é, primeiramente, descobrir se é ou não um diamante e, em achando um, trabalhá-lo lenta, contínua e profundamente. Não é um trabalho fácil, mas com o tempo o diamante vai surgindo daquela brita feia e quebrada. Quanto mais trabalha melhor ficará a pedra. Até que, então, esgotados os cuidados e esmeros, possuirá em suas mãos um diamante de extraordinário valor.

A pedra é o amor e o lapidador é o tempo. O tempo se encarrega de separar o que é amor e o que é mera paixão carnal. As paixões não duram muito tempo; são pequenas pedrinhas brilhantes e frágeis, que não suportam as ferramentas das contrariedades, das decepções, do envelhecimento, das doenças ou feiúras. As paixões são perfeccionistas. Elas têm a capacidade de serem mais quentes que o amor, em labaredas imensas e de fogo intenso; porém são de pouquíssima duração e tudo o que resta ao final de seu fogo são cinzas e carvão apagado. O amor, pelo contrário, é chama que não se apaga. O amor é como o fogo de tora: colocado no forno à lenha, é capaz de queimar a noite inteira, num fogo contínuo e valioso, diferente da palha, cujo fogo é imenso, mas dura minutos apenas.

A pedra do amor, trabalhada pelo tempo, desvenda diamantes. Um casal que se ama e que busca sua união na vontade do SENHOR encontra nEle a sua plena realização. E por realizar-se no SENHOR possui em si o remédio para todas as feridas, a cura para todas as tristezas e contrariedades. O amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Uma paixão sucumbe aos primeiros sinais de humanidade (elas consideram que o objeto do amor é divino, não humano!). O amor, ao contrário, quanto mais humanidade encontrar no objeto de seu amor mais desejo de compartilhá-la tem, uma vez que não tem vergonha de ser quem é, de sentir o que sente, de pedir perdão, de lavar o rosto e de seguir em frente.
Sim. Foi o SENHOR quem fez o amor.
Texto escrito pelo Pr. Wagner Para o Casal Fátima & Pr. Neilson Xavier de Brito que na ocasiam completaram 25 anos de casados.Peguei apenas parte do texto para postar aqui. Tenho porém como certo, que 25 anos de casados igualmente completaremos, meu amor e eu. E muitos outros 25 anos juntos, aqui e na eternidade.

http://amorabencoado.blogger.zip.net/





terça-feira

Quem empurra o seu balanço?





As crianças gostam de balançar. Não há nada como isso. Levantar os pés em direção ao céu, inclinar-se tanto para trás que tudo parece estar de cabeça para baixo, árvores girando, o estômago pulando em sua garganta... ah, que bom balançar!Aprendi muito sobre confiança num balanço. Quando eu era pequeno, só confiava em algumas pessoas para empurrar meu balanço. Se quem empurrava era alguém de confiança (como papai, mamãe, etc.) essa pessoa podia fazer o que quisesse. Podia virar-me, torcer-me parar-me...eu gostava de tudo! Gostava por confiar na pessoa que empurrava o balanço. Mas quando algum estranho fazia isso (o que sempre acontecia nas reuniões da família ou nos piqueniques de 04 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos) a coisa era diferente. Quem podia saber o que ele faria? Quando um estranho empurra seu balanço, você fica tenso, se encolhe e se agarra com toda força.Não é nada agradável quando seu balanço está nas mãos de alguém que você não conhece.Por falar em balanços, você se lembra quando Jesus acalmou a tempestade? Não foi uma chuva leve de primavera, Mateus chamou-a de "grande tempestade" (seismos) que é o termo para terremoto. As ondas eram tão altas que o barco foi varrido por elas. As tempestades no Mar da Galiléia podem ser terríveis. Barclay, um grande comentarista sobre a Bíblia, nos conta: "Do lado oeste da água ficam as montanhas com vales e desfiladeiros; quando um vento frio sopra do ocidente, esses vales e desfiladeiros agem como funis gigantescos. O vento fica preso neles e se abate sobre o lago com violência selvagem".Aquela não era de forma alguma uma chuva de primavera, mas uma tempestade esplêndida. Ela mostrou-se suficientemente aterradora para encher de medo os doze discípulos. Mesmo um pescador veterano como Pedro sabia que esta tempestade podia ser a última para eles. Com medo e água correndo pelo rosto, eles foram então acordar Jesus.Foram fazer o que? Jesus dormir? As ondas sacudindo o barco como pipocas numa pipoqueira e Jesus não acordou? A água inundando o convés e ensopando os marinheiros, enquanto Jesus sonhava? Como podia ele dormir durante uma tempestade daquelas?Isso é simples. Ele sabia quem estava empurrando o balanço.Os joelhos dos discípulos tremiam porque o balanço deles estava sendo empurrado por um estranho. Mas isso não acontecia com Jesus. Ele podia sentir-se em paz na tempestade.Vamos aprender disto uma lição. Vivemos num mundo tempestuoso. Enquanto escrevo, guerras estão sendo travadas em ambos os hemisférios de nosso globo. O conflito mundial é uma ameaça constante em toda parte. Os empregos escasseiam. O dinheiro não dá. A recessão tornou-se um termo demasiado familiar.Em todo lugar que olho, vejo ocorrerem tempestades particulares. Mortes na família, casamentos infelizes, corações partidos, noites solitárias. Alguns desistem, outros cedem, outros renunciam. Devemos nos lembrar de quem está empurrando o balanço. É preciso colocar nele nossa confiança. Não podemos ter medo. Ele não nos deixará cair.

Texto extraído do site http://www.ministeriodafe.com.br/

domingo

Ser Livre


"Todos nós somos livres. Ser livre não é, fundamentalmente, fazer o que se quer. É mais profundo. É fazer o que se deve fazer. Quando você faz o que quer assemelha-se aos animais que se deixam guiar pelos instintos, porque a eles Deus não deu isso que se chama Liberdade. A você, sim. Liberdade é a adequação da sua vontade ao Bem. Você, portanto, é livre, mas, como ser inteligente, compreenda que Liberdade não existe sem responsabilidade".

segunda-feira

Gestão e Felicidade


Nosso mestre Ariovaldo Ramos está nos ensinando a respeito da felicidade. Sua tese é que a Bíblia não define felicidade, mas descreve o tipo de gente que é feliz. Ao analisar o Salmo 1, disse que "feliz é aquele que sabe onde está o verdadeiro prazer", a saber, na meditação na Lei do Senhor, isto é, a Lei do Amor, pois toda a Lei se resume em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo. Aqueles entram na dinâmica do amor se distinguem dos rebeldes, dos escarnecedores e dos ímpios, isto é, se submetem a Deus e seu jeito de fazer as coisas, em detrimento de se associarem com aqueles que desejam construir um mundo sem Deus.
O mundo sem Deus é um mundo estressado e estressante, onde o homem tenta desesperadamente resgatar o paraíso às custas de suas próprias forças e às expensas de tudo e todos. O mundo com Deus (ou de Deus) é um mundo descrito em linguagem orgânica, viva, através das imagens "árvore, folhagens, frutos, fontes de águas, vento". Na dinâmica do amor, a vida tem balanço, obedece ciclos onde cada coisa acontece a seu tempo.
Esta visão conduz à afirmação de que "nada no universo frutifica o tempo todo", o que confronta dramaticamente o espírito moderno de busca frenética de resultados. A árvore plantada junto aos ribeiros de águas dá seu fruto na estação certa. Não se promete fruto todo dia e toda hora. O que se promete é uma folhagem viçosa, isto é vitalidade da árvore, ou se preferir, uma árvore que sempre dará fruto na época de dar fruto. Enquanto a economia humana está baseada em fazer para garantir resultados, a economia divina está baseada em ser para garantir vitalidade. A convicção é que "todo ser vivo frutifica", em contraposição à falsa afirmação de que "todo ser ativo produz o tempo todo".
O que isso tem a ver com felicidade? O que isso tem a ver com gestão? E o que gestão e felicidade tem a ver com isso? Compreendo que felicidade, aqui, significa satisfação: ver o fruto do seu trabalho e ficar satisfeito, dizer ao final: "Isso é muito bom, isso é suficiente". Aqueles que compreendem que nada no universo frutifica o tempo todo, terão paciência no tempo de arar a terra, aguardar a chuva, semear na estiagem, e esperar as flores e frutos. Ao final, apesar das lágrimas dos processos, voltarão com alegria, trazendo sua colheita abundante. Aqueles que quiserem frutificar o tempo todo se arremessarão freneticamente no ativismo, levarão a terra à exaustão, atropelarão pessoas, precipitarão processos, e ao final ficarão frustrados e desiludidos a se perguntar o porque do fracasso após tanto trabalho. Por esta razão, acredito que felicidade e gestão têm tudo a ver com isso.
O segredo não é trabalhar sem tréguas esperando resultados diários e imediatos. O segredo é trabalhar em sintonia com a dinâmica do amor e os ciclos da vida, garantindo que as árvores estejam plantadas junto às correntes de águas e zelando para que cada árvore tenha sua folhagem brilhando de vitalidade, na certeza de que no tempo certo, darão seu fruto. O difícil é saber, no contexto da gestão e operação, onde estão as correntes das águas.
Ed René Kivitz



sexta-feira

Ser Livre



“A verdade é que: Ser livre não é fazer o que quer…Ser livre é conseguir dizer não para tudo que lhe faz mal! É ter a opção de escolher o melhor.É escolher espontaneamente tudo aquilo que lhe fará bem! É escolher o bem ao invés do mal. Alguns pensam que a tal “vida de santidade” que o crente verdadeiro leva (e proclama) é uma “prisão”, onde a pessoa não pode fazer nada… onde há muitas regras, repressões e tal...Mas estão completamente enganados. Na verdade, ele pode fazer o que quiser… Igualzinho a todas as outras pessoas…Porém, o diferencial é o seguinte:É tão livre, tão livre… que consegue escolher o bem ao invés do mal! Ele não é governado por suas próprias vontades… pelo seu próprio querer… Mas ele é governado pela Palavra de Deus!”
Sarah Sheeva

Um bom olho



O bom olho vê Deus e Seus caminhos como o grande Tesouro na vida, e não o dinheiro...Olha para o céu e ama maximizar a recompensa da companhia de Deus ali...Olha para o Senhor-dinheiro e para o Senhor-Deus, e vê o Senhor-Deus como infinitamente mais valioso. Em outras palavras,o “olho bom” é um olho que avalia,que discerne e que atesoura.Ele não apenas vê fatos sobre o dinheiro e DeusEle não somente percebe qual é o verdadeiro e qual é o falso.Ele vê beleza e feiura, detecta valor e inutilidade, discerne o que é realmente desejável e o que é não desejável.A visão do olho bom não é neutra.Quando ele vê Deus,ele O vê como belo.Ele vê Deus como desejável.Este é o porquê o olho bom conduz ao caminho de luz: ajuntando tesouros no céu, e servindo a Deus e não ao dinheiro.O bom olho é um olho simples.Ele tem um único Tesouro,Deus.Quando isto acontecer em sua vida,você estará cheio de luz.Ore por um olho bom em você.
John Piper

Saber Viver



"Viver não é para amadores. Sem saber organizar os desejos, a vida pode se perder com projetos irrelevantes. Sem dar sentido ao cotidiano, a existência pode patinar no tédio. São necessários princípios, verdades e valores para direcionar o cotidiano. As pressões têm a capacidade de destruir quem não fizer escolhas responsáveis".
"Viver, definitivamente, não é para amadores. Que ninguém se atreva a querer tocar a vida só. Portanto, “se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida”.

domingo

Vivemos ávidos de felicidade




Ricardo Gondim


Ébrios, buscamos a felicidade; encarnamos personagens pascalinos – “Até os suicidas se enforcam na ânsia de serem felizes”. Os parachoques de caminhão ensinam que "dinheiro não traz felicidade". O contrário, menos popular, também é verdadeiro: Esmolamos qualquer dinheiro para ser felizes. A felicidade ganharia qualquer concurso como padroeira última e maior da existência. Por anos imaginei que bastaria professar a fé cristã para, automaticamente, encontrar um Nirvana de delícias. Contudo, aprendi, ao longo dos anos, que muitos cristãos, na verdade, nunca experimentaram nenhuma nesga do Paraíso.Aliás, já deparei com não cristãos gozando uma vida mais ajustada, mais redonda, mais plena do que muitos piedosos. Pastores e sacerdotes deveriam ser mais claros e avisar: A fé cristã não significa felicidade automática. Vida abundante não se acha, é construída. No Sermão da Montanha, os bem-aventurados são chamados de "felizes" não porque passaram por uma experiência mística ou esotérica, mas como resultado do jeito que vivem. Felicidade não cai do céu. Não vem de fora para dentro, mas flui de dentro para fora. Anjos não brindam as pessoas com alegria. Na cartilha de Jesus o caminho é outro. Buscar o reino de Deus e sua justiça faz brotar os ingredientes que geram felicidade. Para ele, felicidade nunca é estação, mas maneira de viajar. Eis o motivo porque ser feliz parece difícil. Os caminhos que conduzem a um patamar mais excelente passam por ações pouco atrativas. Quem se arrisca preferir os outros ou esvaziar-se do sonho de virar um semideus? Humildade, indisposição para a arrogância são o contraponto do Evangelho. Daí: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Cristo foi diretivo: “Aprenda a chorar”. Paradoxal ao mundo, felicidade tem a ver com sensibilidade, ternura, fragilidade. Por isso: ”Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”. Também insistiu em um tema pouco popular: “Queira ser manso”. Jesus entendia que mansidão significa abrir mão de reivindicar prerrogativas egoisticamente; significa desistir de querer sempre ganhar. Por isso: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”. Cristo indicou o código para uma mente tranquila. “Atreva-se a amar o que é digno”. Os que almejam a felicidade devem, em todos os atos, fazer sempre a pergunta: “Será que isto é justo?”. Para ele, quem ama a justiça e nutre um desejo enorme de vê-la praticada, será feliz. Então: “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão fartos”. As palavras de Jesus ainda ressoam: “Queira ser misericordioso para com os fracos, paciente com os que não conseguem alcançar seu padrão e compreensivo com os que se atrasam, fracassam e tropeçam em seus próprios erros”. A atitude empática para com os derrotados desemboca na felicidade. Tal pessoa encontrará compreensão no dia em que precisar, portanto: “Bem-aventurados os misericordiosos porque eles encontrarão misericórdia”.Jesus convocou seus seguidores a serem coerentes: “Busque ser limpo de coração”. Não permita sombras, caminhos dobres, torpeza, hipocrisia, falsidade ou dolo. Para ele, quem vive uma vida honesta, será feliz. E sua declaração chegou às raias da mais esplêndida ousadia: “Bem aventurados os puros de coração porque eles verão a Deus". Jesus incentivou a concórdia e ordenou que se promovesse a paz: Não seja agente de cizânias, jamais catalise ódios, não suscite a vingança e nunca espalhe dissensão. Reconcilie os que se odeiam, reuna os diferentes, promova o amor e você será feliz. Daí o texto: “Bem aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus”. Ele aconselha a seus seguidores que sejam pessoas de idéias nítidas, convicções sólidas, pontos de vista verdadeiros. Se essa postura trouxer o ódio alheio e se sua fé não for bem aceita, continue, a história premiou todos os que se comportaram assim. Os claudicantes, os pusilânimes, os covardes jazem nos armazéns do Hades. Ninguém lembra o opressor, os perseguidos são lembrados. O texto reza: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e mentindo disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós”. Felicidade não é circunstancial, ponto final.

Soli Deo Gloria

quarta-feira

Felicidade


Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade. (Mario Quintana)


segunda-feira

Segurança


[...]Olhar para as nossas próprias decisões nos possibilita ver que na maioria das vezes escolhemos a segurança-insegura como refúgio e auto-engano; embora, entre nós, tal insegurança se disfarce sob o manto da “segurança de si”. Assim, a maior insegurança de um homem é sempre confessada como sua segurança! Desse modo o Evangelho tira o que se esconde dentro de nossa casa, e o expõe gritando seu nome da varanda da alma; e diz: “O que você chama de minha Segurança ou de meu Sucesso, de fato é a sua mais profunda insegurança; pois um homem seguro, em Deus, não conhece segurança e nem sucesso, mas apenas alegria confiante; e isto no dia bom e também no dia mal.”

quarta-feira

Profundidade



Não há nada como a profundidade para nos tornar insatisfeitos com as coisas superficiais

"A superficialidade é a maldição dos nossos dias. A dou­trina da satisfação instantânea é um dos principais problemas espirituais. A necessidade desesperadora hoje em dia não é de um número maior de pessoas inte­ligentes, ou bem dotadas, mas sim de pessoas profun­das". Richard Foster.
Coisas profundas são intrigantes. Selvas pro­fundas. Águas profundas. Cavernas profun­das, desfiladeiros profundos. Pensamentos profun­dos e conversas profundas.
Não há nada como a profundidade para nos tor­nar insatisfeitos com as coisas superficiais, rasas. Uma vez que tenhamos cavado abaixo da superfí­cie, e experimentado as maravilhas e os mistérios que há na profundidade, percebemos o valor de in­vestirmos o tempo necessário e enfrentarmos todo obstáculo para alcançarmos essas profundezas.
Isso é particularmente verdadeiro no reino espi­ritual. Deus nos convida a irmos mais a fundo, e não ficarmos satisfeitos com os aspectos superficiais.
Lemos nas Escrituras que o Espírito de Deus "a todas as cousas perscruta, até mesmo as profunde­zas de Deus" (1 Co 2:10). A profundidade de sua sabedoria e de seus caminhos é definida como "insondável" e "inescrutável", de acordo com Roma­nos 11:33:
Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
Certamente nosso Senhor opera em domínios muito além da nossa capacidade de compreender, mas ele espera que nós exploremos e experimente­mos aquilo que está além do que é óbvio. Algumas das melhores verdades de Deus, como tesouros inestimáveis, acham-se escondidas em profundida­des tais, que muitas pessoas nunca dão o tempo necessário para procurá-las e encontrá-las. Que per­da para nós! Com paciência e graciosamente ele está à espera para revelar as percepções e as dimen­sões da verdade àqueles que se dispõem ao menos a sondar, a examinar, a meditar.
Tal procura não é simplesmente uma busca inte­lectual. Os caminhos de Deus não são descobertos através dos métodos de pesquisa normais e humanísticos.
Mesmo sendo tão importantes e intrigantes co­mo as coisas profundas de Deus devem ser, elas resistem totalmente a qualquer tentativa de ser des­cobertas pelos meios naturais de nossas mentes. Ele reserva essas coisas para aqueles cujos cora­ções são totalmente dele... para aqueles que reser­vam tempo suficiente para buscar sua face. Somente desse modo pode haver intimidade com o Todo-Poderoso.
Pare e pense a respeito disso antes de prosse­guir. Faça a si mesmo uma pergunta difícil. Seja honesto em sua resposta: "Eu, estou entre as pesso­as profundas?"
É conhecê-lo...
progressivamente ... com maior profundidade
é conhecer... com maior intimidade
percebendo...
reconhecendo...
entendendo...
sendo continuamente transformado...
Haverá neste mundo algo mais importante para um filho de Deus? Acho que não. Contudo, estra­nhamente, bem poucos procuram alcançar esta tão importante prioridade.

(Intimidade com o todo poderoso. Charles R. Swindoll)

terça-feira

Ninho



"Aí você começa a descobrir que você não precisa de nada além de um ninho, e que esse ninho está em Deus".

segunda-feira

Tapeceiro


O Tapeceiro

Tapeceiro, grande artista,
Vai fazendo seu trabalho
Incansável, paciente no seu tear
Tapeceiro, não se engana
Sabe o fim desde o começo,
Traça voltas, mil desvios sem perder o fio
Minha vida é obra de tapeçaria,
É tecida de cores alegres e vivas,
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes
Se você olha do avesso,
Nem imagina o desfecho
No fim das contas, tudo se explica,
Tudo se encaixa, tudo coopera pro meu bem
Quando se vê pelo lado certo,
Muda-se logo a expressão do rosto,
Obra de arte pra Honra e Glória do Tapeceiro
Quando se vê pelo lado certo,
Todas as cores da minha vida
Dignificam a Jesus Cristo, o Tapeceiro

sábado

A vida em pleno

A Vida em Pleno - Sêneca in cartas a Lucílio


Diariamente criticamos o destino: "Porque foi este homem arrebatado a meio da carreira? E aquele, porque não morre, em vez de prolongar uma velhice tão penosa para ele como para os outros?" Diz-me cá, por favor: o que achas tu mais justo, seres tu a obedecer à natureza ou a natureza a ti? Que diferença faz sair mais ou menos depressa de um sítio de onde temos mesmo de sair? Não nos devemos preocupar em viver muito, mas sim em viver plenamente; viver muito depende do destino, viver plenamente, da nossa própria alma. Uma vida plena é longa quanto basta; e será plena se a alma se apropria do bem que lhe é próprio e se apenas a si reconhece poder sobre si mesma. Que interessa os oitenta anos daquele homem passados na inacção? Ele não viveu, demorou-se nesta vida; não morreu tarde, levou foi muito tempo a morrer! "Viveu oitenta anos!". O que importa é ver a partir de que data ele começou a morrer. "Mas aquele outro morreu na força da vida". É certo, mas cumpriu os deveres de um bom cidadão, de um bom amigo, de um bom filho, sem descurar o mínimo pormenor; embora o seu tempo de vida ficasse incompleto, a sua vida atingiu a plenitude.
"Viveu oitenta anos". Não, existiu durante oitenta anos, a menos que digas que ele viveu no mesmo sentido em que falas na vida das árvores. Peço-te insistentemente, Lucílio: façamos com que a nossa vida, à semelhança dos materiais preciosos, valha pouco pelo espaço que ocupa, e muito pelo peso que tem. Avaliemo-la pelos nossos actos, não pelo tempo que dura. Queres saber qual a diferença entre um homem enérgico, que despreza a fortuna, cumpre todos os deveres inerentes à vida humana e assim se alça ao seu supremo bem, e um outro por quem simplesmente passam numerosos anos? O primeiro continua a existir depois da morte, o outro já estava morto antes de morrer! Louvemos, portanto, e incluamos entre os afortunados o homem que soube usar com proveito o tempo, mesmo exíguo, que viveu. Contemplou a verdadeira luz; não foi um como tantos outros; não só viveu, como o fez com vigor.

E se eu quiser falar com Deus

por Luiz Eduardo Prates da Silva

Texto para um tempo de fundamentalismos, de sectarismos,de intolerâncias, de condenações...
Engana-se quem pensa que Deus está guardado nas sólidas paredes das doutrinas eclesiásticas. Ele espia nas frestas dos dogmas e seu olhar ilumina a vida....

Engana-se quem pensa que Deus está nas certezas inabaláveis capazes de ter sempre uma resposta pronta. Ele está na dúvida que provoca o pensar e desperta o agir mesmo incerto...

Engana-se quem pensa que Deus está nas convicções que provocam a intolerância. Ele está no respeito ao diferente e no compungir do coração que impele ao gesto de amor...

Engana-se quem pensa que Deus é uma peça da burocracia de qualquer culto e está bitolado pela compreensão das autoridades. Ele se ri do lado de fora das reuniões solenes e brinca com as crianças que não puderam entrar para não atrapalhar a cerimônia...

Engana-se quem pensa que Deus está nos mais corretos preceitos da moral e condena qualquer que deles se desviar. Ele está no acolhimento de todos e no amor apesar de...

Engana-se quem pensa que Deus compactua com os que pagam para serem reconhecidos como religiosos e no coração tem uma pedra. Ele está nos que não têm nada para dar e esperam por Ele como última tábua de salvação...

Engana-se quem pensa que Deus participa dos conselhos dos notáveis, que decretam a morte calculada com cifras tidas por estéreis. Ele está nos famintos de pão e de sentido e é encontrado nos lugares menos esperados...
Ele não está no monólito frio, mas na onda incessante que sempre chega...

Ele não está no furacão insensível, mas na brisa que refresca...

Ele não está na secura do deserto, mas no cacto que o resiste à aridez...

Ele não está na barragem que desvia o rio, mas no fluir alegre da água...

Ele não está no abismo que interrompe a marcha, mas na ponte que convida à outra margem...

Ele não está na escuridão que infunde medo, mas na claridade que prenuncia mais uma aurora...

Ele não está no espinho que fere, mas na flor que alimenta o pássaro de néctar e os olhos de beleza...

Ele não está na repreensão que destrói, mas na palavra amiga que orienta...

Ele não está na cara amarrada que condena, mas no sorriso afável que acolhe...

Ele não está na pose arrogante que separa, mas na simplicidade que aproxima...

Ele não está na ironia sarcástica que rejeita, mas na compreensão solidária que dialoga...

Ele não está no desprezo que anula, mas no incentivo que sustenta...

Ele não está no orgulho que desdenha, mas na humildade que cativa...

Ele não está na correção que faz colocar-se ‘no seu lugar’, mas na advertência respeitosa que constrói parceria...

Em fim, Ele não está no Todo Poderoso inatingível, mas no homem Jesus, o Cristo ressuscitado!

E no entanto, Ele pode ser doutrina e monólito e repreensão ou estar em tudo o de que se disse que Ele não está, ou ser tudo o que se disse que não é, porém sem ferir ou magoar ninguém...

A Ele, pois, cabe o Poder a Honra e a Glória, para todo o sempre! E a nós, segui-lo...

http://www.cristianismocriativo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=223&Itemid=70

quinta-feira

Dias de vento


Gosto dos dias de vento. Sempre que o ouço a abanar as minhas janelas, não resisto a espreitar lá para fora para ver tudo o que ele mexe. Sabes, quando temos o coração acordado, até o vento pode conversar connosco. E dizer-nos muitas coisas importantes. A mim, que em frente à janela do meu quarto tenho umas quantas árvores, o vento fala-me sempre da importância das raízes. Sim, gosto dos dias de vento, porque me lembram a importância de ter raízes. Às vezes, parece que vivemos sem chegar nunca a lançar raízes profundas. Ter raiz significa encontrar um sentido verdadeiramente válido para viver, um sentido daqueles que as primeiras invernias não derrubam, perene, mais forte que a morte, como o Amor. Um dia, Jesus disse tudo isto contando a parábola de duas casas.
Era uma vez um homem insensato, que construiu a sua casa sobre a areia: veio a chuva, o vento e a tempestade e a casa ruiu. E havia um outro homem, este sábio, que construiu a sua casa sobre a rocha: veio a chuva, o vento e a tempestade, mas a casa permaneceu. A casa sobre a rocha, como as árvores com raiz, como as vidas com sentido.
E lá fora, o vento continua a segredar-me tudo isto enquanto embala e empurra as árvores do jardim: vão-se as folhas, caem alguns frutos já tardios, partem-se alguns galhos mais frágeis, mas a árvore permanece, porque está enraizada. E assim o vento até a vai limpando. E o vento, assim, até vai espalhando sementes com as suas invisíveis mãos.
Estás a ver? Quando há uma raiz profunda, o vento forte até se torna para as árvores instrumento de purificação e fecundidade. Temos que lançar raízes, assumir motivos válidos para viver e enfrentar todos os ventos, olhos nos olhos. E no subsolo do nosso coração, temos que aprender dia após dia, que para os nossos corações enraizados não há problemas. Nunca há problemas, apenas desafios. Sim, transformar os problemas a chorar em desafios a vencer, esse é o segredo dos corações bem enraizados, para domar todos os ventos. Para isto, a aposta primeira não se faz nas folhas, nos frutos ou nos ramos débeis do nosso ser; tudo começa a jogar-se nas raízes, no sentido, nos critérios.
Olha, o vento a dançar por entre as árvores do jardim está ainda a dizer-me outra coisa: até na morte, até na morte a raiz é sinal de uma grande dignidade. Sabes: é que uma árvore morre sempre de pé…

quarta-feira

Conversão


"Converter-se significa que houve uma resposta humana para o toque divino da Graça.O convertido é quem diz sim ao convite de Deus.Daí se inicia um relacionamento amoroso semelhante aos dos pais e filhos.Conversão é aceitar que a vontade humana se alinhe à vontade de Deus,sempre com o propósito relacional de intimidade.Depois que nossa vontade estiver sujeita à vontade dele,começa uma caminhada ou um processo;Deus nos ensinará como transformar nossa história. Colocado de uma maneira bem coloquial, seria como se Deus afirmasse: "Bem, agora que você está comigo, deixe que eu lhe ensine como ser feliz." A diferença fundamental entre o cristão e o não cristão é que um se submeteu à vontade de Deus e agora dispõe da sabedoria divina para viabilizar a vida.Entretanto, alguns podem ser cristãos, terem essa sabedoria à sua disposição e não saberem como utilizá-la. Seria como uma pessoa que passa sua existência sobre uma jazida de ouro, mas ignorante de sua realidade, nunca garimpa o tesouro que é seu...
Não há verdade transformadora que não venha de dentro para fora, gerando o encontro entre o ser que ainda somos e o ser que em Cristo somos chamados para ser...""E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" .

terça-feira

Segurança


A verdadeira segurança é fruto da paz de se saber amado, e, portanto, da satisfação de se ser quem é. Isto porque essa certeza de ser amado vem de uma dimensão do ser que existe de modo muito mais anterior do que tudo aquilo que, cegamente, chamamos de “vida”. Segurança, portanto, em sua qualidade mais essencial, é o fruto da confiança no cuidado e na bondade de Deus para conosco; mesmo quando dói. Sim, porque, em tal caso, a certeza do amor de Deus por nós imediatamente nos remete para outra certeza, e que o faz dizer: “Dói; eu não entendo esse caminho; mas sei que quem o conduz, sempre faz tudo visando o bem de meu ser que é; e que há de permanecer para sempre!” Portanto, sem certeza do amor que é; do amor de Deus — nenhuma confiança jamais nascerá de nós para Deus. É porque Ele nos ama, e age em nosso favor, que respondemos a Ele, quando respondemos, em amor e confiança também. Ora, nossa resposta em amor ao amor de Deus se manifesta como obediência natural ao único mandamento, que é amor ao próximo. Assim, nossa confiança no amor de Deus se desenvolve na pratica do amor ao próximo, visto que este passa a ser o meu altar de culto a Deus.

Crescidos em amor ao próximo, em razão do amor de Deus em nós, experimentamos confiança crescente; e ela, a confiança, nos faz habitar aquele lugar que alguns homens, desde há milênios, aprenderam poeticamente a chamar de “refugio bem presente na tribulação”; ou ainda de “sombra do Altíssimo”; ou mesmo de “minha fortaleza”; ou de “minha luz e minha salvação”. Segurança, assim, não é uma condição de vida na terra, mensurável, e fruto de contas e de investimentos que nos dêem alguma “previsibilidade”;...

O ser seguro apenas é; pois ele sabe que é Sabido em Deus. Por esta razão ele descansa. E é desse descanso confiante e aninhado em Deus que vem a inabalabilidade desse ser humano que anda em seu caminho de fé. O ser seguro sabe que o que é dele, está guardado. Sabe que o que é seu, ninguém tira. Sabe que tudo segue a lei da vida quando se anda em confiança e amor. Sabe que seu sustento jamais faltará. Sabe que nada vale mais do que buscar o reino de Deus antes de tudo....

[...]Olhar para as nossas próprias decisões nos possibilita ver que na maioria das vezes escolhemos a segurança-insegura como refúgio e auto-engano; embora, entre nós, tal insegurança se disfarce sob o manto da “segurança de si”. Assim, a maior insegurança de um homem é sempre confessada como sua segurança! Desse modo o Evangelho tira o que se esconde dentro de nossa casa, e o expõe gritando seu nome da varanda da alma; e diz: “O que você chama de minha Segurança ou de meu Sucesso, de fato é a sua mais profunda insegurança...

Um sonho de simplicidade


Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um sonho de
simplicidade. Será um sonho vão?
Detenho-me um instante, entre duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher na penumbra ou os amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?
Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar no pescoço.
A vida bem poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma simples mulher, que
mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede, nem frio. Para que beber tanta coisa gelada?
Antes eu tomava a água fresca da talha, e a água era boa. [...]
Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho caboclo do Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede, afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca, no meio do mato, e chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca -foi um carinho ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe moqueado e meia caneca de cachaça.
Que prazer em comer aquele peixe, que calor bom em tomar aquela cachaça e ficar algum tempo a conversar, entre grilos e vozes distantes de animais noturnos. Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar de repente uma vida de acordar bem cedo? [...]
Mas para instaurar uma vida mais simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse negócio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas...
Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa.
Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O telefone toca.
Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, um número... Para que tomar nota?
Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver- sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão.
(Rubem Braga. Duzentas crônicas escolhidas.)
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