terça-feira

O verdadeiro significado da Páscoa


É sempre a mesma coisa. Milhares e milhares de toneladas de chocolate. Sábado, à tarde, aquela correria. Compra-se até ovos amassados. O Brasil, o maior país católico do mundo, e um dos países onde o cristianismo mais cresce, ano após ano, bate o recorde no consumo de ovos de páscoa. Qual o verdadeiro significado da Páscoa? Será que nossas crianças sabem o verdadeiro significado? Será que nós sabemos o que significa a Páscoa?
O Professor Irlan de Alvarenga diz em um estudo que apenas duas entre dez crianças sabem o verdadeiro significado da páscoa. Propagandas em Rádio e Tv. ensinam nossas crianças a cantar: “Coelhinho da páscoa...” e, pasmem, coelho nem ovo bota. Isso, considerando que o Brasil é um dos maiores países cristãos do mundo, é um verdadeiro absurdo. Uma discrepância. o­nde temos errado?
Nada contra o chocolate, à exceção de diabéticos, todos nós consumimos uns chocolates, colombas, e não somos hipócritas a ponto de negarmos isso. Quem não gosta de um chocolate? Mas é preciso lembrar que a verdade maravilhosa da páscoa anda escondida, oculta, por outdoors, cartazes.Talvez aí uma atuação maligna para diminuir em importância um evento tão importante.
Jesus é a nossa Páscoa. O termo “páscoa” deriva da palavra hebraica “pesah”, que significa passar por cima – no sentido de relevar, pular além da marca ou passar sobre. A celebração da páscoa aponta para mudança de comportamento.
Os Judeus passaram a celebrar a páscoa em comemoração à saída do Egito, a passagem para a liberdade. A partir de Jesus Cristo, essa celebração foi substituída pela Ceia do Senhor, com o pão e o vinho, em Sua memória. Não mais para relembrarmos a saída do Egito (estado), mas para sempre nos lembrarmos da saída do egito do pecado, e da liberdade que há na sua morte e ressurreição.
1Coríntios 11:23-30: “Porque recebi do Senhor o que também vos entreguei: porque o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.
Assim, temos que a Santa Ceia do Senhor é a Verdadeira Celebração da Páscoa. Os judeus comemoravam em lembrança à saída do Egito. Do estado de escravidão. Lembravam que outrora eram escravos. Recordavam-se do dia em que mataram o novilho, comeram pães ázimos, presenciaram a dor dos egípcios, e, finalmente, foram libertos rumo à terra prometida. O sacrifício foi associado ao livramento. Sim, eles tinham o que lembrar, comemorar! E nós, temos o que lembrar? Temos o que comemorar?
Mais do que simplesmente lembrar, a Celebração da Santa Ceia do Senhor, há que nos fazer refletir. Não podemos nos esquecer que saímos do Egito do pecado. De uma vida sem perspectiva, sem alento. Nascemos escravos e morreríamos escravos, e isso somente não aconteceu em face da morte vicária de Jesus Cristo na Cruz do Calvário. É preciso refletir.
1Coríntios 11:26: “Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha”.
Anunciar a Morte. É nossa responsabilidade, além de lembrar de o­nde saímos, resgatar a outros. Páscoa sem serviço, não é páscoa. Evangelho é serviço. Fomos salvos para que? Para Servir, para anunciar. Se o Filho do Homem veio para servir, porque eu não sirvo? Eu preciso servir.
1Coríntios 11:28-30: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.
A mudança de comportamento é algo pessoal, à partir de um exame individual. É um exame particular; intrínseco; de consciência. Examinar-se é como provar metais pelo fogo. É descobrir nossas volições, nossas motivações. Participar da ceia do Senhor, sem um auto-exame é participar indignamente.
1Coríntios 5:7: “Expurgai o fermento velho, para que sejais nova massa, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado”.
O Auto-Exame visa EXPURGAR o fermento velho. Paulo chama aqui atenção à necessidade de aperfeiçoamento. Paulo critica a aquiescência com a situação. Acomodação espiritual. Basta um pouco de fermento para levedar toda a massa (Gálatas 5:9). Não podemos confundir graça com malemolência. Não podemos deixar confrontar nossa vida com a vida de Cristo. Nosso modelo é ele, e apenas ele. O grande mau dos coríntios é que eles achavam que havia pouca ou nenhuma coisa errada com eles.
Fermento velho, costumes antigos. Ouço dizer que...”Aceitei a Jesus e não precisei mudar em nada minha vida...”. Tal afirmação não encontra respaldo na bíblia. Todos que se encontraram com Jesus tiveram suas vidas mudadas, modificadas.
Por isso é preciso discernimento. Eu faço parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Essa refeição, esse ato de comer o pão e beber o vinho, está reafirmando essa condição de minha parte para com o mundo. Eu participo. Tenho responsabilidade. Quero cumprir a missão que Deus preparou para mim. Desejo estar no centro da vontade de Deus.
Examine-se a si mesmo! A Santa Ceia é muito mais que o pão e o vinho. A Santa Ceia é um compromisso. Não coma indignamente! Não se satisfaça com o que você é hoje!
Faça por amor! Assim como o marido procura satisfazer as necessidades e gostos da esposa, devemos procurar satisfazer as expectativas de Deus para conosco.
É preciso resgatar os verdadeiros significados da Páscoa e da Santa Ceia do Senhor. Vamos nos abster, porém, do modelo centrado nos rituais, legalismos e formas exteriores.
Marcos 14:14: "Segui-o e dizei ao dono da casa onde ele entrar que o Mestre pergunta: Onde é o meu aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos?
É como se Jesus perguntasse: “Onde está o aposento? o­nde está o lugar no teu coração para que Eu tenha comunhão com você? o­nde?”. Deus através de Jesus Cristo quer ter intimidade conosco. Ali naquela sala, somente estavam os homens escolhidos por Jesus.
Existe um lugar em seu coração para ele?
Você ainda não confessou a Jesus como Senhor?
Você quer nesta data participar de sua morte e de sua vida?

Fonte: http://www.adorando.com.br/

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